

Em 2002 publicou o livro A Passo de Caranguejo, com a narração de um naufrágio polémico no tempo da II Guerra Mundial, A revista francesa Lire destacava uma obra que colocava em causa "o silêncio e as dificuldades, no plano moral e narrativo" dos refugiados alemães nos territórios de Leste.
Em 2005, já depois de ser laureado pela Academia Sueca, a polémica em que Grass sempre esteve envolto atinge o auge. Na autobiografia A Passo de Caranguejo, o escritor de nacionalidade alemã admite a integração nas forças Waffen-SS, o braço direito militarizado de Adolf Hitler, aos 17 anos.
No entanto, o escritor garantia que “nunca havia disparado um tiro”, nem tão pouco tinha participado formalmente nas Forças Armadas do III Reich.
Para além da prosa, o escritor dedicou-se também à poesia, teatro, artes gráficas e plásticas. Günter Grass colaborou recentemente como ilustrador do livro inédito de José Saramago "Alabardas, Alabardas, Espingardas, Espingardas" (Porto Editora), publicado em 2014.
Andreia Martins, RTP
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