Há aqueles que lutam um dia; e por isso são bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muitos bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém, há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.
Bertold Brecht
Quando se fala em teatro, o nome de Luís Miguel Cintra é incontornável. Fundador do teatro da Cornucópia, com Jorge Silva Melo, impôs a sua companhia no panorama cultural português com uma escolha cuidada do reportório a apresentar.
No ano em que a companhia comemorou o seu 40º aniversário, no final da peça que atualmente está em cena, Hamlet de Shakespeare, numa tradução de Sophia de Mello Breyner Andresen, no passado dia 17 de outubro, o ator e encenador anunciou a sua retirada dos palcos por motivos de saúde.
Homem do teatro, Luís Miguel Cintra passou também pelo
cinema. Participou em inúmeras películas dos mais variados realizadores
nacionais, sendo um dos atores mais assíduos dos filmes de Manuel de Oliveira.
Reconhecido em Portugal, em 1998 foi condecorado com a Ordem
Militar de Sant’Iago da Espada, e em França, em 2004 recebeu o Grande Oficial
das Artes e Letras, tornou-se, em 2005, no primeiro nome das artes do
espectáculo a receber o Prémio Pessoa.
Marcamos o acontecimento, reconhecer o mérito e o valor dos
nossos é uma forma de os tornar imortais.
Sem comentários:
Enviar um comentário