quinta-feira, 20 de julho de 2017

Um até sempre

Marcámos a despedida no post anterior.

No entanto, a vida segue o seu curso natural e, por vezes, pequenos desvios acontecem.
Imprevistos, mais ou menos previsíveis, fazem com que haja um fim para recomeçar de novo.

Foi o que aconteceu com o blogueiro de serviço.
Durante um tempo foi mantendo aqui uma participação mais ou menos regular, estudando a maneira de manter as matérias atrativas, dando voz às atividades da biblioteca e aos grandes temas da atualidade. Zangado, por vezes, pela falta de tempo para uma maior publicação.

Daí, uma nova despedida se impõe.

Porquê pública?
porque deve ser reconhecido o mérito desta ilha no meio de um mar encapelado,
porque o papel da biblioteca (e das bibliotecas) é tão esquecido e tão menosprezado pelo meio em que se insere,
porque... mil e uma razões que não vale a pena enumerar.

As pessoas saem, a obra continua.
É um pequeno grão de areia que o vento leva e que não perturba a aprazibilidade da praia.
Nesse grão, apesar de tudo, vão recordações.

Sem esquecer os outros que integraram esta família, deixo uma palavra à Paula e à Teresa, já nos conhecíamos e vamos continuar a ver-nos por aí.
E finalmente, não posso deixar também uma palavrinha à outra pessoa que também faz parte da equipa. Levo a saudade das tertúlias de quinta-feira à tarde. Apesar dos maus agoiros, eles não produziram efeito.


Até sempre, prometo que de vez em quando venho aqui espreitar.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

balanço final



Para encerrar o ano letivo, nada melhor que fazer o balanço de mais um ano que passou.

Com livros e um pouco de sol, aqui fica o registo do momento.



A equipa deseja
boas férias,
bom descanso
e boas leituras.


quinta-feira, 22 de junho de 2017

50 anos de Solidão



Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e cana, construídas na margem de um rio de águas transparentes que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas ainda não tinham nome e para as mencionar era preciso apontar com o dedo.

 









Assim começa um dos mais conhecidos romances do século XX que comemora agora o 50º aniversário da sua publicação.

Em 1967 era dado a conhecer ao mundo o lugar de Macondo, lugar imagimário onde vão viver, durante gerações, os Buendía. Aparecia também um marco importante do chamado realismo mágico sul-americano.

Conhecer este universo de García Márquez é uma sugestão que recomendamos para os tempos de pausa que se aproximam.

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Em junho... acontece

Em junho a agenda está preenchida.

Damos nota de três acontecimentos que marcam o mês.
Como habitual, a maior Feira do Livro do país vai decorrer na primeira quinzena do mês.

De 10 a 18 decorrerá a Feira da Agricultura em Santarém.

Finalmente, o mês de junho marca o arranque dos festivais de verão.
Na nossa coluna à direita, "Acontece cultura", apresentamos ligações onde poderão ser recolhidas outras informações sobre os eventos.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Ascensão



Hoje é Dia da Espiga.

A tradição é antiga, remonta às festividades pagãs de celebração da primavera.
Neste dia as populações dirigiam-se aos campos e, com cantos e danças, celebravam o renascimento da vida, pedindo a bênção dos deuses para as colheitas.

O cristianismo apropriou-se da data e passou a celebrar a Ascensão de Jesus ao céu (quarenta dias após a sua Ressurreição), daí a designação de Quinta-feira de Ascensão, feriado em muitos municípios portugueses.

 Na tradição portuguesa, principalmente nas zonas rurais, o dia era aproveitado para passeios pelo campo, festas e pic-niques, aproveitando para colher a espiga.
A espiga é um ramo constituído por:
     Espigas de trigo (em número ím par) que simbolizam o pão
     1 ramo de oliveira, símbolo da luz e da paz
     Malmequer, símbolo do ouro e da prata
     Papoilas, símbolo do amor e da vida
     Alecrim, símbolo da força e da saúde.
     1 ramo de videira, símbolo da alegria e do vinho
que será pendurado atrás da porta para que não falte o pão, a saúde e a sorte em casa. Só será retirado quando se der a renovação no ano seguinte.

Aproveitemos a data como motivação para conhecer a nossa Herdade e desfrutar aquilo que ela nos pode oferecer.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Baptista-Bastos






 Baptista-Bastos (1933/2017)





Mais um dos grandes das letras nacionais que nos deixa.


Ontem, o jornalista e escritor Baptista-Bastos morreu aos 83 anos.


Iniciou a sua carreira de jornalista no diário “O Século”, mas a sua notoriedade foi alcançada nas entrevistas e reportagens que efetuou ao serviço do “Diário Popular”.


Na televisão realiza uma série de entrevistas, as “Conversas Secretas” (1996/1998), transmitidas pela SIC. Em todos os programas fazia a mesma pergunta aos entrevistados, e que depois seria aproveitada por Herman José no programa “Herman Enciclopédia”, “onde estava no 25 de Abril?”


Como escritor, publicou romances como "O Secreto Adeus" (1963), "Cão Velho entre Flores" (1974), "O Cavalo a Tinta da China" (1995), "A Colina de Cristal" (2000) e "No Interior da Tua Ausência" (2002). Publicou também algumas das suas crónicas e reportagens em compilações como “As palavras dos outros” (1969) ou “Lisboa contada pelos dedos” (2001).


Autor premiado, conquistou, designadamente, o Prémio Literário Município de Lisboa, em 1987, pelo romance "A Colina de Cristal", que lhe valeu também o Prémio P.E.N. Clube Português de Ficção, no ano seguinte. Em 2002, recebeu o Prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, pela obra "No Interior da Tua Ausência" e 2003, venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro "Lisboa Contada pelos Dedos". Em 2006, recebeu os prémios de Crónica da Sociedade da Língua Portuguesa, João Carreira Bom, e do Clube Literário do Porto.