sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina - 6 de fevereiro

Assinala-se no dia 6 de Fevereiro, o Dia Internacional de Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.
A mutilação genital feminina compreende todos os procedimentos que envolvam a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos, ou provoquem lesões nos órgãos genitais da mulher, por razões não médicas. Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde entre 100 a 140 milhões de meninas, raparigas e mulheres em todo o mundo foram submetidas à prática da Mutilação Genital Feminina. Todos os anos, cerca de 3 milhões de meninas e mulheres estão em risco de sofrer algum tipo de mutilação. De acordo com este organismo (2000) Portugal é um país de risco no que concerne a esta prática. O cálculo deste risco baseia-se na assunção de que as comunidades migrantes residentes em Portugal provenientes de países onde a MGF existe poderão continuar esta prática, quer no nosso país, quer enviando menores ao país de origem. As evidências e observações em matéria de saúde, os estudos e o trabalho comunitários provam que residem em Portugal mulheres que tendo sofrido mutilação nos seus países de origem necessitam de cuidados de saúde físicos e psicológicos específicos.

«Num ano foram detectados 43 casos de mutilação genital em Portugal
Há um ano, no Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Sexual Feminina, não havia registo algum na plataforma de dados da saúde. Agora, há 43. São casos antigos detectados na Grande Lisboa.
A excisão é uma prática enraizada em 28 países africanos. Por força dos fluxos migratórios, foi levada para o Médio Oriente, a Ásia, a América, a Austrália e a Europa, incluindo França, Itália, Holanda, Reino Unido e Portugal, onde é encarada como uma violação de direitos humanos baseada no género.
Portugal figura na lista por nele residirem pessoas oriundas de países com forte tradição de excisão genital, como a Guiné-Bissau, o Senegal, o Egipto, a Gâmbia, a Nigéria ou a Serra Leoa. Presume-se que se pratique, embora em grande secretismo, dentro do território nacional. E há notícia de crianças levadas ao país de origem durante as férias para aí serem sujeitas ao “corte”.»
Jornal Público




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