Leonard Cohen, um dos grandes músicos do século XX,
chega ao final da sua carreira.
Nasceu no Quebeque, em Westmount,
arredores de Montreal, a 21 de Setembro de 1934. A par de Bob Dylan (recentemente
nomeado do prémio Nobel da literatura), tornou-se no músico (e poeta) mais
transversal das últimas décadas, influenciando sucessivas gerações.
Cohen foi
durante toda a sua vida uma personalidade polémica com um universo mental
bastante complexo: um judeu, que revela respeito pelas escrituras judias, mas que
se torna mestre no budismo zen da escola de Rinzai e interessa-se pelo
misticismo hindu e pelo sufismo.
Era um político que não se interessava pelos partidos. A
sua visão das relações entre uma comunidade é-nos dado em temas como There is a war ou Everybody knows em que reflecte como as contradições que
alastram através dos tempos e que apresenta de uma forma irónica. A liberdade
não é apenas a que está ligada à política mas aquela que nos aparece em Bird
on a wire, algo que é interior a quem sabe que arca o peso dos seus
actos e uma escolha implica uma perda.
Se o amor
atravessa toda a sua obra, tanto o espiritual como o carnal, a morte foi tema
que o acompanhou ao longo da sua carreira e está patente no seu último álbum You Want It Darker, em que muitos viram
o tema “I’m ready, my Lord” como uma despedida da vida.
O homem partiu, fica a sua obra.
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